Secretário de Estado da Saúde acompanhou cedência de viatura da LPM à UHD do CHL
«Se há momento em que foi provada a importância da hospitalização domiciliária foi durante esta pandemia. Este foi um bom exemplo de reorganização, com 85% dos doentes infetados a serem tratados em casa», declarou António Sales, secretário de Estado da Saúde, no âmbito da assinatura de um protocolo entre o Grupo NOV e o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), para oferta de uma viatura ligeira de passageiros pela LPM – Comércio Automóvel, S.A. (empresa do Grupo NOV) à Unidade de Hospitalização Domiciliária. A cerimónia teve lugar esta terça-feira, dia 2 de junho, e contou ainda com a presença dos membros do Conselho de Administração do CHL, presidido por Licínio de Carvalho, da equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária, e do presidente do Conselho de Administração da LPM, Joaquim Paulo Conceição, entre outros elementos do Grupo NOV.
«Não há nada mais agradável que ver a sociedade civil mobilizar-se em torno de causas nobres como esta», partilhou António Sales, a propósito da iniciativa do Grupo NOV para apoio à UHD, considerando que «este não é o tempo para fazer balanços, é o tempo de atuar, de dar respostas, e é isso que se está a fazer com este serviço». O secretário de Estado da Saúde salientou que «o CHL tem pautado a sua prestação de serviços pela valorização dos seus profissionais, e este é mais um marco nessa valorização», aproveitando a oportunidade para agradecer a dedicação de todos os profissionais de saúde durante a pandemia: «Foram a vacina que precisávamos perante este corpo estranho que entrou nas nossas vidas».
Joaquim Paulo Conceição referiu que esta iniciativa é o reconhecimento do mérito devido ao CHL, pelo apoio prestado às comunidades da sua área de influência, ao empenho e profissionalismo de todos os seus colaboradores na procura de proximidade e humanismo», e acredita que «a humanização destes serviços é uma tendência que vai crescer». Falando a importância do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde do CHL, o presidente do Conselho de Administração da LPM reconheceu que «é um trabalho stressante, porém, este automóvel, com as suas propriedades relaxantes, vai funcionar como um ansiolítico, a ponto de se tornar viciante», brincou.
«Hoje não estamos a falar do COVID, mas este novo desafio contribui também para evidenciar a oportunidade acrescida da Hospitalização Domiciliária», reconheceu Licínio de Carvalho. «Estamos aqui para falar de futuro, do novo serviço para o qual trabalhámos arduamente, e neste contexto foi possível associar um grupo empresarial importante da nossa região e contar com a respetiva colaboração na disponibilização de um apoio essencial à Hospitalização Domiciliária», referiu o presidente do Conselho de Administração do CHL, elogiando «o conhecido o espírito de colaboração e de ajuda com a comunidade, traduzidos em diversas iniciativas de apoio social do Grupo NOV».
«O CHL investiu neste projeto cerca de 70 mil euros, dos quais 37 mil em obras de adaptação, e 33 mil euros em equipamento para apetrechamento da Unidade», revelou Licínio de Carvalho, admitindo que «a circunstância da crise que vivemos acentua mais a nossa responsabilidade em tornar esta aposta e esta oferta num investimento virtuoso, com retorno social e técnico para os nossos doentes e para o CHL». O presidente do Conselho de Administração do CHL considerou ainda que «hoje, simbolicamente, voltamos a cumprir o objetivo estratégico de crescimento e de desenvolvimento do CHL, e por isso do SNS. A Hospitalização Domiciliária, a par da ambulatorização dos cuidados, é um modelo privilegiado de resposta hospitalar que procura reduzir os impactos negativos que tem, precisamente, a hospitalização clássica».
A nova UHD do CHL, já em funcionamento, consiste num modelo de assistência hospitalar ao doente agudo com patologia de complexidade elevada, que se caracteriza pela possibilidade de prestação de cuidados no domicílio. A UHD pretende contribuir para humanizar os cuidados de saúde, oferecendo tratamento diferenciado de nível hospitalar no conforto da residência dos doentes, reduzir a taxa de complicações relacionadas com infeções em meio hospitalar, e aproximar o hospital da comunidade. Promover a recuperação funcional e autonomia do doente no seio da sua família, e estimular a participação ativa da família na prestação de cuidados, fazem também parte dos objetivos assumidos para esta Unidade.
Esta alternativa assistencial ao internamento convencional do CHL vai criar 10 camas de internamento no domicílio para tratamento de 160 doentes até ao final do ano, prevendo-se o seu alargamento para 15 camas em 2021, para tratamento de cerca de 570 doentes. A Unidade funcionará 24 horas por dia, durante sete dias por semana, garantindo todo o processo assistencial do doente desde a admissão até à alta do doente, e é assegurada por cinco médicos, oito enfermeiros e um assistente técnico, e terá apoio de todos os serviços do CHL, em particular Social, Farmacêutico e Nutrição.
Data da notícia: 2 Junho 2020